Orienta Bonito: I Meeting Internacional de Arronches

Foi neste fim-de-semana que se realizou a 1ª prova pontuável para a Taça de Portugal de 2012 e que contou também com uma etapa do WRE, portanto com a presença dos melhores da Orientação Mundial.

Cheguei atrasado às partidas mas ainda tive tempo para me acalmar e começar a prova.

O meu percurso tinha 5 kms e 130 m de desnível e realizei o tempo de 33:37 minutos.

Mapa da prova de Distância Média

Como se pode ver, o Garmin só localizou os satélites à chegada do ponto 1 fazendo com que me desconcentrasse um bocado

Foi logo no 1º ponto que perdi 2 minutos.

No 2º e 3º pontos cheguei ao sitio certo mas os pontos estavam escondidos perdendo 30 segundos a encontrá-los.

No 4º ponto desviei um bocado e perdi cerca de 30 segundos a relocalizar-me.

No 10º ponto desviei mais uma vez e perdi mais 35 segundos a relocalizar-me.

O ponto 18 estava mesmo dentro da pedra e demorei 20 segundos a perceber isso.

Para o 22º ponto saí mal e fui dar ao monte de pedras ao lado e apesar de me ter apercebido logo do erro, perdi cerca de 1 minuto a voltar ao sitio certo.

Posso concluir que o tempo que perdi para o 1º lugar ( 2 minutos ) foi somente no ponto 1 e mesmo assim fiz mais erros técnicos no total de 3 minutos, fazendo um total de 5 minutos perdidos somente em erros técnicos.

Resultados:

H18 - 23 pontos - 5 Km - 130 m desnível

1- Tiago Baltazar GDU Azoia 31:07

2- Diogo Barradas CPOC 33:37

3- Henrique Silva CPOC 34:11

No 2º Dia estava ansioso, não só por nunca ter feito uma prova com tanta distância mas também porque não estava preparado fisicamente

O meu percurso tinha 10 km e 300 m de desnível e fiz 1:08:14 h

Mapa da prova de Distância Longa - WRE

Como se pode ver o Garmin teve novamente problemas ( sem baterias ) e não registou até ao final da prova.

Entrei devagar no mapa, perdendo, somente no 1º e 2º pontos, 50 segundos.

No 5º ponto fiz uma má escolha de itinerário e andei dos 2 lados da linha fazendo mais 200 m que o Red Line perdendo cerca de 30 segundos.

No 13º ponto cheguei muito bem ao sitio do ponto, parei, e só passados 20 segundos vi o ponto atrás de mim.

Para o 14º ponto saí mal do anterior e desviei um bocado, perdendo 20 segundos e só me apercebi do erro quando tive que passar a cerca e vi a passagem longe.

No 18º ponto, quando cheguei à área do ponto, tive de o procurar perdendo 50 segundos.

No 21º ponto, desviei minimamente e cheguei à pedra abaixo da do ponto, mas como o ponto estava escondido num buraco da pedra demorei 1 minuto a encontrá-lo.

Foi no ponto 22 que me fartei de hesitar, não só pelo cansaço físico que já tinha, mas também porque era uma área aberta tinha muito risco de me desviar, perdendo cerca de 30 segundos

No total perdi cerca de 4 minutos e 20 segundos, mais de metade do tempo na ultima parte do percurso devido também ao cansaço.

O meu objetivo era 1 hora e 10 minutos, mas foi numa mais de brincadeira porque sabia que ia ser difícil, mas consegui por gerir bem o esforço e superar-me.

Agora é treinar fisicamente para conseguir não só sentir-me à vontade neste ritmo de corrida para fazer menos erros mas também para o aumentar.

Resultados:

1- Tiago Baltazar GDU Azoia 1:06:10

2- Diogo Barradas CPOC 1:08:14

3- Henrique Silva CPOC 1:09:27

Foi mais uma vez uma prova muito renhida disputada, entre pontos, aos segundos, mostrando assim regularidade nas duas provas.

Queria destacar as 2 excelentes provas do Henrique, que apesar de fazer à muito pouco tempo a modalidade, não se deixou ficar para trás, ficando muito perto do 1º lugar e que não ficou contente com as suas prestações mostrando que há muito a melhorar.

A Orientação não é um desporto em que quando se começa, vamos logo para ganhar.

Orientação é o desporto da experiência.

Foi com estas palavras que Thierry Gueorgiou ( nº1 da orientação mundial ), depois da prova, se dirigiu a nós, atletas da Seleção Portuguesa de Orientação, falando sobre Orientação e motivação.

"Experience, Dream and Commitment"

Experiência, Sonho e Compromisso

O campeão do mundo falou-nos também das boas condições que temos aqui, em Portugal, para treinar principalmente no Inverno e na variedade de mapas existentes no nosso país.

Disse-nos que apesar dos poucos recursos financeiros, temos todos estes fatores a nosso favor e se à bem pouco tempo os Suecos se riam dos Franceses, e agora os Franceses estão no topo mundial, porque não, com muito trabalho e dedicação, Portugal ser a próxima seleção a chegar aos melhores.

Um dos pontos chave deste encontro foi quando lhe perguntaram:

" Como arranja motivação para continuar a treinar arduamente, mesmo depois de ter ganho tantas vezes títulos mundiais em todas as categorias?"

" Eu arranjo motivação, não olhando para aquilo que já ganhei e consegui alcançar, mas através do que ainda posso ganhar e alcançar"